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Ibama exonera servidor que multou Bolsonaro por pesca irregular

Ele foi o único de nove funcionários do mesmo nível hierárquico da diretoria a ser exonerado pelo novo governo

Publicada em 28/03/19 às 21:42h - 246 visualizações

por TRIBUNAOVIVO


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 (Foto: TRIBUNAOVIVO)

Ele foi o único de nove funcionários do mesmo nível hierárquico da diretoria a ser exonerado pelo novo governo

O Ibama exonerou nesta quinta-feira (28) o servidor do órgão ambiental que multou o presidente Jair Bolsonaro em R$ 10 mil por pescar em área protegida, em 2012. 

José Olímpio Augusto Morelli ocupava o cargo comissionado de chefe do Centro de Operações Aéreas do Ibama, subordinado à Diretoria de Proteção Ambiental. Ele foi o único dos nove funcionários do mesmo nível hierárquico dessa diretoria a ser exonerado pelo novo governo.

Funcionário concursado, ele é o fiscal que assina o auto de infração e o relatório do flagrante de Bolsonaro. Morelli também é o autor da foto na qual o então deputado federal aparece de sunga branca sobre o bote inflável, dentro da Esec (Estação Ecológica) de Tamoios, categoria de área protegida que não permite a presença humana, em Angra dos Reis (RJ).  

A autuação ocorreu em 25 de janeiro de 2012 e desatou a ira deBolsonaro. Semanas mais tarde, ele criticou diretamente Morelli em pronunciamento na Câmara.

Foto feita por agente ambiental durante autuação de Jair Bolsonaro por pescar dentro da Estação Ecológica de Tamoios, região de Angra dos Reis (RJ) – 25.jan.12/Divulgação

“Fui abordado por um barco do Ibama. A primeira coisa que falou pra mim foi, que estava com duas pessoas da região, é: ‘sai!’. Como se fosse um cachorro, discursou Bolsonaro, em março de 2012. “Esse cidadão aqui, repito o nome dele, José Augusto Morelli, falou: ‘Sai! Aqui, ninguém pode pescar, seja deputado ou não seja porque o decreto que vocês votam tem de ser respeitado.”

“Eu fui obrigado a responder no mesmo tom, adjetivando o senhor Morelli e dizendo que não votamos o decreto.”

O então deputado ainda anunciou: “Eu vou pescar no Carnaval lá. E não venham com ignorância porque o bicho vai pegar”. Bolsonaro, porém, não voltou a pescar ali.

No ano seguinte, em retaliação, Bolsonaro apresentou na Câmara um projeto de lei para desarmar todos os fiscais do Ibama e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) em ações de campo, ainda que isso contrariasse seu discurso de defesa do armamento da população. O projeto acabou arquivado. 

Desde a campanha, o mandatário vem criticando reiteradas vezes o Ibama por uma suposta “indústria da multa”. Em dezembro, a superintendência do órgão no Rio de Janeiro anulou a multa, e o processo voltou à estaca zero. A decisão está sendo investigada pelo Ministério Público Federal. 

Em entrevista à Folha, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que o fato de ele estar com uma vara na mão em área protegida não era evidência suficiente para a autuação. Ele atribuiu a multa à “questão ideológica”.

LEIA A REPORTAGEM COMPLETA NA FOLHA DE SÃO PAULO







FONTE: PAINEL POLITICO




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