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País cria 414 mil empregos em novembro, recorde histórico, mas não recupera perdas da pandemia

O Brasil criou 414.556 empregos com carteira assinada em novembro, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira, 23, pelo Ministério da Economia. O número é o maior de toda série histórica, que

Publicada em 16/01/21 às 15:25h - 64631 visualizações

por TRIBUNAAOVIVO


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 (Foto: TRIBUNAAOVIVO)

O Brasil criou 414.556 empregos com carteira assinada em novembro, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira, 23, pelo Ministério da Economia. O número é o maior de toda série histórica, que tem início em 1992.

Esse também foi o quinto mês seguido de geração de empregos com carteira assinada. No acumulado de julho a novembro, foram criados 1,499 milhão de postos de trabalho formais. Mesmo assim, ainda não houve recuperação das perdas registradas entre março e junho deste ano, período mais agudo da pandemia do coronavírus, quando 1,612 milhão de vagas foram fechadas.

Acumulado do ano

De janeiro a novembro deste ano, houve a geração de 227.025 empregos com carteira assinada. No mesmo período do ano passado, o Brasil registrou 948.344 contratações a mais do que demissões.

O resultado dos onze primeiros meses de 2020 também é o pior para esse período desde 2016, quando foi registrado o fechamento líquido de 858.333 postos de trabalho com carteira assinada.

As demissões no acumulado do ano refletem o impacto da recessão na economia brasileira gerada pela pandemia do novo Co.

Setores

A abertura líquida de 414.556 vagas de trabalho com carteira assinada em novembro foi impulsionada pelos desempenhos dos setores de serviços, comércio e indústria.

De acordo com os dados do Caged, houve um saldo positivo de 179.261 contratações no setor de serviços em novembro, que liderou entre os segmentos no resultado líquido. No comércio, o saldo foi de 179.077. Já na indústria, foram 51.457 vagas no resultado final do mês passado. Em seguida vem construção, com abertura líquida de 20.724 vagas. No setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura houve fechamento de 15.353 vagas.

Guedes comemora e diz que esperança é vacinação em massa

Ao comemorar os dados do Caged, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que contar com a vacinação em massa contra a covid-19 para a recuperação econômica. “Para ano que vem nossa esperança vai ser a vacinação em massa para salvar vidas, garantir retorno seguro ao trabalho e garantir a retomada econômica”, disse Guedes o ministro.

“Quando observamos serviços e comércios, foram exatamente os setores mais atingidos pela pandemia. E a economia voltou em V (quando a retomada é na mesma velocidade da queda) como eu tinha antecipado, como poucos acreditaram, confirmando nossas expectativas, em vez vez da destriuição de empregos, como nas crises de 2015 e 2016, nós já estamos antes de chegar o dado de dezembro com 227 mil empregos criados”, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, após a divulgação dos dados.

De acordo com ele, em 2015 e 2016, as crises foram criadas por “erros” na condução da economia que provocaram o fechamento das vagas. “Agora com a pandemia, que é questão de fora, criamos empregos”, disse. Na visão dele, as reformas “prosseguiram”, mesmo com um ritmo “um pouco lento”. “Mas seguem acontecendo”, afirmou.

“Só o negacionismo pode negar os números, eles estão aí, ano de geração líquida de empregos. Não imagino que isso (emprego) tenha acontecido em qualquer outro país no mercado formal. Seguimos preocupados com invisíveis, vamos cuidar disso à frente também”, disse.

Dezembro no azul

Apesar de dizer que evita fazer previsões, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco afirmou não achar difícil que os dados do Caged “surpreendam” em dezembro, devido as iniciativas para manutenção de emprego, ao contrário do que acontece geralmente, quando as demissões superam as contratações. “Podemos ter saldo positivo em dezembro, de forma atípica”, afirmou Bianco, ressalvando, no entanto, que prefere se ater apenas à divulgação dos dados.

“É possível alta taxa de contratação de temporários com demanda forte e retomada da economia. Demanda está forte agora e é possível que porcentual elevado de temporários sejam contratados”, comentou o secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo.





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