Porto Velho, RO - Devido a superlotação do Hospital e Pronto Socorro João Paulo II, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) encaminhou 25 pacientes para hospitais particulares de Porto Velho. As transferências começaram na última sexta-feira (3), após denúncia feita por meio de uma rede social.
Segundo a publicação, vários pacientes estavam sendo atendidos em cadeiras e até no chão da unidade de saúde. Para tentar amenizar o problema da falta de leitos, o governo lançou um edital para os hospitais privados manifestarem interesse em atender a demanda. Dois cumpriram os requisitos.
"O governo do estado de Rondônia começa nesse momento a pagar particular esses leitos para pacientes que estavam nessa situação degradante, desumana e humilhante, internados no chão e em cadeiras no Hospital João Paulo II", disse Fernando Máximo, secretário estadual de saúde.
O senhor Aderaldo dos Santos de 68 anos, veio de Guajará-Mirim (RO), no dia 20 de abril com problemas nos rins. O filho dele, Eraldo, comenta que foi muito difícil permanecer com o pai no hospital João Paulo II devido a superlotação.
"Ele ficou dois dias no corredor. Eu passei quatro noites sentado em uma cadeira. De uma hora para outra eu estava arrumando um jornalzinho para deitar por lá no chão e a mulher chegou, chamou a gente para ser transferido para cá. Quando a gente chegou que viu isso tudo aqui, nossa é uma bênção, um céu perto de lá", disse Eraldo.
Aderaldo de Guajará-Mirim (RO) não tem previsão para receber alta — Foto: Thais Gomes/ Rede Amazônica
Na manhã deste sábado (4), Fernando Máximo, disse que a expectativa é que outros 20 pacientes sejam levados para hospitais conveniados nos próximos 20 dias.
O diretor do João Paulo II informou que a construção de uma nova estrutura para abrigar o pronto socorro está sendo idealizada. Mas por enquanto a transferência trará benefícios para os pacientes em geral.
"Essa parceria é importante para que a gente possa dar um melhor atendimento a população que se encontra no hospital João Paulo II em situação de vulnerabilidade e que necessita de uma acomodação melhor no durante seu tratamento e internação'', afirmou Carlos Eduardo, diretor da unidade.